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Sunday, July 6, 2008
As tendências de moda masculina não seguem o ritmo vertiginosos das femininas, mas ainda assim a Semana de Moda Masculina de Milão apresentou colecçao
Acabou mais uma semana de moda masculina em Milão, onde desfilaram cerca de 45 estilistas. Apostando na leveza, frescura e sobretudo na descontracção, o evento lançou algumas ideias interessantes, mas sem grandes novidades ou inovações. O foco esteve nas roupas práticas, que ganharam pontos nas passerelles milanesas, encontrando as sua melhores traduções nas calças largas, bem confortáveis e mais voltadas para a alfaiataria da Bottega Veneta ou nos blazers de seda que deram vida à linha da Dolce&Gabbana. A Burberry propôs também uma ideia semelhante, uma fuga para o campo, realçando todavia o estilo mais casual com malhas leves, menos estruturadas, que caíam sobre os corpos dos modelos. O estilo informal e descontraído marcou ainda os desfiles da Ermenegildo Zegna e da Fendi. A primeira marca apresentou uma colecção pautada por tecidos claros e naturais, com peças de inspiração hindu. Já a Fendi ousou e causou sensação ao apresentar casacos transparentes combinados com blusas e camisas da mesma cor, calças do tipo pescador e vários acessórios. Mas haverá então algum motivo específico para uma aposta tão generalizada num estilo informal?! Sem respostas científicas, este seja talvez o reflexo do pouco optimista ritmo da economia internacional ou quem sabe uma formalidade casual que fala mais sobre conforto do que ostentação, exibição ou mesmo poder.
«Peito à mostra» é, segundo Miuccia Prada, outra das grandes tendências para a Primaver/Verão 2009. Sendo assim, a Prada apostou num homem mais frágil, mas sem grandes rupturas com as convenções e tradições do vestir masculino. Já Giorgio Armani revelou uma colecção na qual quebra a sua elegância clássica com toques étnicos, tendo levado à passarelle um homem mais descontraído, enquanto que a sua conterrânea italiana D&G – a linha mais jovem e acessível de Domenico Dolce e Stefano Gabbana – pintou a colecção em tons de branco e azul. Nesta estação, a D&G também deixou de lado as calças rasgadas e de cintura baixa, apostando forte na imagem de «um rapaz bem comportado que se sente confortável em fatos elegantes e camisas de botões plissados típicos do Caribe», salientaram os estilistas.
Para finalizar, a cor é a terceira grande tendência da próxima estação quente. Alexander McQueen brincou «com a ilusão num esquema meio pop art, trompe l´oeil, delineando o corpo humano através de estampados gráficos e coloridos», como o próprio salientou. A ideia não era de todo nova, mas McQueen soube explorar bem o tema, adaptando-o à sua alfaiataria extremamente bem executada e acabada. Por outro lado, flores e flamingos proporcionaram ainda um clima tropical a este certame, quando a estilista da Gucci, Frida Giannini, apresentou a sua colorida colecção para homem. «O que realmente queria trazer para esta colecção era um certa dose de felicidade», afirmou a estilista, que apostou em camisas de algodão e gravatas finas com estampados coloridos. Mas as cores da Gucci contrastaram com os tons mais neutros e suaves da Emporio Arman, que preferiu apostar numa colecção mais “soft” e “clean”. Por sua vez, o criador alemão Bikkembergs propôs camisas e calças com cores estridentes, enquanto que a Krizia privilegiou as camisas largas e os tons naturais.
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