A força simbólica do cabelo para os africanos continua de maneira recriada e ressignificada entre nós, seus descendentes. Ela pode ser vista nas práticas quotidianas e nas intervenções estéticas desenvolvidas pelas cabeleireiras e cabeleireiros étnicos, pelas longas sentadas num banco pequeno, pela família negra que corta e penteia o cabelo da menina e do menino quando a lua esta cheia. Pode ser vista também nas tranças, nos dreads e penteados usados pela juventude negra e branca. Se no processo da escravidão o negro não encontrava no seu quotidiano um lugar, quer fosse público ou privado, para celebrar o cabelo como se fazia na África, no mundo contemporâneo alguns espaços foram construídos para atender a essa prática cultura.
Ainda hoje em muitos lugares, devido ao poder de dominação da cultura dominante muitas pessoas afrodescendentes, ou não, desconhecem a beleza dos penteados e dos cabelos crespos. Em muitos casos desvalorizados em relação a supremacia da cultura do cabelo, liso e loiro das etinias de pele clara.
1 comment:
Infelizmente a cultura ocidental tomou conta de muitos. Eu diria que o Angolano e o africano perdido culturalmente, tirando alguns grupos etnicos que com muito sacrificio tentam preservar a cultura. No norte de Angola, tem um estilo de transas que o povo usa quando morre alguem na familia, isso enves de usar preto durante um determinado tempo,as mulheres da familia fazem transas, num estilo especifico. Com estas transas a viuva e identificada facilmente pelo estilo do penteado e da mesma forma o restante da familia. Existem transas tambem que representam momentos festivos como casamentos ou a fase que uma menina passa a ser mulher.E interesante, a cultura Africana e cheia de elementos significativos, e muito rica e ilustrativa!!!
Post a Comment