A Brioni, cujas criações são vestidas por personalidades como Donald Trump, o príncipe André de Inglaterra e Nelson Mandela, tem enfrentado a recessão internacional fazendo o que faz melhor: produzir fatos de homem, sob medida e costurados à mão. Gaetano Savini, co-fundador da empresa com Nazareno Fonticoli em 1945, incutiu a «tenacidade e a visão de que é necessário ousadia para ir além das regras do jogo», afirma o seu neto Andrea Perrone.
Perrone, que se tornou presidente-executivo da Brioni no ano passado, revelou que Savini foi o primeiro a encenar um desfile de moda para vestuário masculino, em Florença no ano de 1952, e que a empresa foi uma das primeiras a criar fragrâncias para homem. «O que eu talvez tenha acrescentado foi a ideia de crescer com os mercados emergentes como a China e ir além do estilo formal, o fato e a gravata», refere Perrone. «Com a crise e os clientes que nos pediram descontos ou pagamentos em prestações, lançamos novas categorias de produtos com novos tecidos», acrescenta o responsável, lembrando uma reviravolta que teve lugar a partir de finais de 2008, «altura em que o mercado estava a exigir vestuário mais caro, mais luxuoso».